A Cordilheira da Arrábida, desenvolveu-se através de processos geológicos entre o Mesozóico e o Cenozóico, tem orientação alpina, com cerca de 35Km de comprimento e uma largura média de 6Km. Sendo um testemunho inequívoco das 4 fases de “rifting” que levaram á separação do super continente Laurásia e á formação do Atlântico Norte. As várias e diferenciadas pistas de Dinossáurios, do Concelho de Sesimbra, são marcas inegáveis da presença dos colossais animais, que habitaram o nosso planeta há muitos milhões de anos. Estando já catalogados e documentados, cinco sítios do maior interesse científico, correspondentes a diferentes níveis estratigráficos, três deles classificados como monumentos naturais.
As pegadas deixadas por estes animais e que se observam hoje, nas falésias e em lajes rochosas muito inclinadas, não foram impressas pelos animais nessas condições. Importa realçar que estas marcas foram feitas em estratos horizontais, quando esta região litoral era do tipo lagunar, constituída por uma vasa mole, repleta de charcos salobros e pouco profundos, durante o Jurássico (205 a 142 milhões de anos atrás) e Cretácico (135 a 65 milhões de anos atrás). Em seguida foram soterradas por sedimentos mais recentes, e os estratos assim formados, acabaram por sofrer processos de litificação que os transformaram nos calcários e margas que podemos contemplar actualmente. Finalmente a actividade tectónica associada ao levantamento da Serra da Arrábida, encarregou-se de comprimir, dobrar e fracturar estas camadas, expondo-as depois à erosão dos tempos, modelando e esculpindo a paisagem para a forma que hoje a conhecemos.

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